segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Oito Noites Brancas



Olhei para este livro, num escaparate de hipermercado e, sem eu perceber porquê, atraiu-me de imediato. Talvez porque o pequeno resumo da capa me fosse familiar nesse dia. Alguém novo que se conhece e de repente fura todas as barreiras de segurança que levámos anos a erguer.
Conta os pormenores de uma relação arrebatadora e apaixonante, um amor urbano e moderno repleto de gestos, intenções, subtilezas e afecto. Entre a ansiedade da descoberta e a insegurança da partilha, surge um retrato inteligente e meticuloso das emoções humanas. Em Nova Iorque acontece o que pode acontecer em qualquer cidade. Lisboa talvez. André Aciman escreveu o que viria a ser o meu guião. Demasiadas coincidências para não dar importância. Apesar dos géneros trocados, toda a história é estupidamente coincidente! Um encontro entre desconhecidos, o tipo de dança, a intensidade do desenvolvimento da conversa, os risos, os avanços e recuos, uma alcunha no Starbucks (juro)... tudo! Tudo!
O guião com o desconhecido arrebatador de bolhas de segurança. Pena que não o li antes de me confrontar com o storybord em acção.
O fim é estupidamente estúpido. Tal como o meu. Ainda assim, apesar de fugaz e intenso, valeu a pena. Ler.

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