al moço

no restaurante japonês:

Ele entra.
Cabelo claro, alto, entroncado, com ar de elefante numa loja de cristais (!)
Fita à sua volta para saber qual o melhor sítio para se sentar. Fico a saber depois que espera duas pessoas para o acompanhar.
A japona vestida ridículamente de gueixa, de almofadinha nas costas e tudo, aproxima-se. As suas alturas devem ter uns 30 centímetros de diferença.

Ela sugere-lhe uma mesa para se sentar, ele acena que sim, que concorda e a seguir pergunta-lhe:

- Para bêbelh?

Ele muda a sua expressão, parece confuso, tira o telemóvel do bolso do casaco e responde:

- Heeeerrr para beber!? Boa pergunta! Heeerrr... Huumm... Olha para a esquerda, para a direita, na intenção de buscar ideias de bebidas às outras mesas e acaba por responder:

- O que tem para se beber?

(águinha del cano, pensei em responder-lhe se a gueixa fosse eu)

A japona faz uns olhinhos em bico (!), procura ela também algo, desaparece, volta, trás na mão ao que percebi depois, uma carta de bebidas e entrega ao elefante. Perdão, entega-lhe.




Enquanto isto eu saboreava os meus rolinhos de sushi e perdi a atenção da cena por uns instantes.

Quando voltei a olhar para ele, estava na mesa, bem à sua frente, bem juntinho ao telemóvel...

Um Compal de Pêra!

(Duvido sempre de um homem que bebe Compal de Pêra à refeição! Sempre!?