quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

como gostaria que fosse o seu funeral?




A propósito desta publicidade e do amor que tenho por ela... e talvez porque já perdi gente demais, quero deixar um testamento. Não por ser mórbido, mas porque acho de facto que os funerais são uma treta! Muito pouca criatividade acontece ao nível do funeral! Há lá coisa mais certa que a morte?!? Aproveitava-se isso para algo de memorável.
Claro que há mortes e mortes. É raro aquele que tem o direito de morrer de velhice, já com a vidinha toda feita, trabalho aliviado, reforma choruda e cruzeiros pelas Caraíbas...
Mas eu, quando morrer, quero que pensem assim:
"OK... ela já se foi (independente da causa), nós é que vamos sentir a falta dela, logo choremos"... MAS, peço eu, ou chorem antes, ou chorem depois do funeral! Porque a um morto nada se recusa... eu quero que chorem... chorem muito... compulsivamente até se vos aliviar, todos juntos e durante 5 minutos (faz parte do processo do luto e faz muito bem) e depois que riam. Façam um mini AUM sobre mim. Abracem-se em circulo, gritem-me a vossa raiva, peçam-me perdão, digam que me amam, que me chorem, que se riam de mim e das merd@as que me ouviram dizer e que se abracem. Não me abracem a mim que eu estou morta não vou dar grande importância. Mas quero que se abracem uns aos outros por mim. Não tenho nenhuma tia com barbicha, portanto estejam à vontade de abraçar.
E já que quero ir para o forno, vistam-me com um vestidinho sexy! Ao menos quando entrarem na capela no meu velório, podem começar logo a rir-se. E não se esqueçam que eu sou pouco católica... e que acredito na vida depois da morte... logo, se sentirem uma belinha no cachaço depois de alguma piadola menos apropriada a meu respeito... digam um palavrão, mas baixinho... que é o que põe toda a gente a rir e sorriam, porque vou mesmo ser eu.
Já acho que fazer festas e comes e bebes é um bocadinho exagerado. Por mim, basta rirem-se porque eu existi e abracem-se, porque a um morto, nada se recusa.

















1 comentário: