quarta-feira, 22 de agosto de 2012

um livro que agradeço




Custou 5 euros no Continente Modelo e está a ser a melhor companhia que podia imaginar! A cada página que viro, a cada gargalhada que dou (sobretudo na praia onde todos me olham com cara de totós a pensar "será que ela está a rir daquilo que está a ler!?") penso: ainda bem que não li este blog no ano em que estes dois sonhadores andavam a cria-lo e a vivê-lo em direto! Era menina para pegar na minha bicla e ir atrás deles! (ou se calhar não!) Pensando bem, se não fosse atrás deles, este blog iria deprimir-me! O ano de 2008 foi para mim de mudança! Mudei muita coisa na minha vida e estava sedenta de aventura. Coisas novas, nunca antes vividas porque, até aqui, tinha dado importância a outra vida, a outras vivências.
Mas também, nessa data, ainda não conhecia alguns percursos que eles fizeram e que me fizeram entender bem alguns dissabores divertidos (para nós leitores).
Doidos varridos e apaixonantes! 
O livro está escrito de uma forma completamente divertida, com os dois pontos de vista e os dois modos de escrever bem definidos e igualmente engraçados. O que vivem é absolutamente esmagador e quem viaja é que entende do que se pode receber e dar. A partilha é mais intensa, é o dar sem olhar a a quem, é o ajudar quando é preciso e aparece sempre alguém!
Fez-me lembrar de situações divertidas das vezes em que estava a viajar:
Lembrei-me de um cano que o meu pai furou com uma espia da nossa tenda em Melgaço e do olhar de pânico de todos nós a olhar para o forte repuxo de água e terra que jorrava como se se soltasse de um inferno (!) e o senhor do parque de campismo chegou lá e resolveu aquilo em 15 minutos!
Da vez em que colocámos (colocámos é como quem diz! eu ia a pendura!) o nosso carro com as rodas traseiras no ar, porque a roda da frente foi colocada (habilidosamente) numa vala, na fortaleza na Ilha do Pessegueiro logo quando não passava viv'alma! Quando demos por nós (quietinhos, sem respirar ou pestanejar, dentro do carro para ele não cair e se voltar ao contrário, sim! porque baloiçava e ameaçava afundar!) tínhamos 3 carros com 5 pessoas cada lá dentro, mais um casal de ciclistas que apareceram sabe-se lá de onde, todos a fazer pressão na bagageira para que o carro assentasse e podessemos sair dali como se nada tivesse passado! Céus!! um aperto, foi o que foi!
Ou daquela vez em Terras de Bouro em que parei, no meio de um nevoeiro serrado que não se via um palmo em frente dos olhos, para fazer chichi e quando o alivio do aperto passava para a minha expressão facial, oiço um chocalho de uma vaca castanha com uma parelha de cornos tão gigante que me podia repartir em duas (e a minha posição corporal agachada ajudava, ainda por cima) a menos de metro e meio de mim! Acho que nunca fiz um chichi tão rápido na vida e entrei para um carro quase em andamento! O medo, o horror, o rir até chorar logo de seguida!
Enfim, tantas e tantas coisas que acontecem e que jamais esquecermos porque nos demos ao mundo e recebemos o que o mundo tinha para nós.









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