A propósito da notícia de hoje:
"
Num artigo que publicou nesta terça-feira no diário norte-americano The New York Times
a actriz revela que fez uma dupla mastectomia preventiva e alerta para
os benefícios dos exames genéticos. “Não me sinto menos mulher”,
garante.
Aos 37 anos, Angelina Jolie fez uma escolha a pensar nos seus seis
filhos. E diz tê-la feito para que não tivessem de passar pelo mesmo que
ela passou - ver a mãe morrer demasiado nova. “A minha mãe lutou contra
o cancro durante quase uma década e morreu aos 56. Aguentou o
suficiente para conhecer os primeiros dos seus netos e para lhes pegar
ao colo. Mas os meus outros filhos nunca terão a oportunidade de a
conhecer e de sentir quão amável e graciosa ela era.”
A actriz norte-americana escreveu um artigo de opinião que é publicado nesta terça-feira no diário The New York Times
em que explica por que razão decidiu fazer uma dupla mastectomia
preventiva (cirurgia em que se removem as duas mamas) depois de
descobrir, através de uma série de exames médicos, que era portadora de
um gene “defeituoso” (nas palavras da actriz), o BRCA1, e que por causa
dele tinha forte probabilidade de vir a desenvolver cancro da mama (87%)
e dos ovários (50%).
No texto a que chamou My medical choice (A minha escolha médica), a actriz que conhecemos como Lara Croft e que protagonizou filmes como A Troca (de Clint Eastwood) e O Turista (Florian Henckel von Donnersmarck), tendo recebido um Óscar de Melhor Actriz Secundária pelo filme Vida Interrompida
(1999), não se poupa a pormenores. Fala das várias cirurgias, desde a
primeira, que aumentou a probabilidade de vir a salvar os mamilos, à
terceira e última, em que fez a reconstituição mamária, admitindo que
sentiu dores ao longo do processo e que a maior das intervenções lhe
pareceu uma cena saída de um filme de ficção científica.
“Quis
escrever para dizer a outras mulheres que a decisão de fazer uma
mastectomia não foi fácil. Mas estou muito feliz por tê-la tomado. As
minhas probabilidades de vir a desenvolver cancro da mama desceram de
87% para menos de 5%. Posso dizer aos meus filhos que não precisam de
ter medo de me perder para o cancro da mama.”
A 27 de Abril
terminou três meses de procedimentos cirúrgicos relacionados com a
mastectomia, mantidos em privado e sempre com Brad Pitt ao seu lado,
diz. Agora, a actriz resolveu tornar pública a decisão na esperança de
ajudar outras mulheres, fazendo com que beneficiem da sua própria
experiência. “Cancro é ainda uma palavra que planta medo no coração das
pessoas, produzindo uma profunda sensação de impotência. Mas hoje é
possível descobrir, através de uma análise de sangue, se somos altamente
susceptíveis ao cancro da mama e dos ovários e então tomar uma
atitude.”
Angelina Jolie é uma das estrelas globais de Hollywood,
tão famosa pelos seus filmes como pelo seu casamento com o também actor
Brad Pitt e o seu trabalho em causas humanitárias. Enviada especial das
Nações Unidas, a actriz não parou de trabalhar durante todo o processo
que culminou com a reconstituição mamária, chegando mesmo a acompanhar o
ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, William Hague, numa
visita à República Democrática do Congo – e assistiu à cimeira dos mais
altos responsáveis diplomáticos do G8 em Londres – para chamar a atenção
para a violência sexual em cenários de conflito. No mesmo período,
Jolie ajudou ainda a lançar um fundo para a educação das mulheres no
Paquistão, promovido pela jovem activista dos direitos humanos Malala
Yousafzai, que foi baleada pelos taliban em Outubro e esteve em risco de
vida.
“Não me sinto menos mulher”, escreveu, antecipando
perguntas de eventuais leitores que a vêem como um símbolo sexual, como
uma actriz que alicerçou boa parte da sua carreira no cinema de acção no
facto de ser uma mulher bonita com um corpo invejável (pense-se na Lara
Croft de Tomb Raider e na Mrs. Smith de Mr. and Mrs. Smith,
filme que co-protagonizou com Brad Pitt). “Sinto-me mais poderosa
porque fui capaz de fazer uma escolha forte que de forma alguma diminui a
minha feminilidade.”
Citando números da Organização Mundial de
Saúde – o cancro da mama mata quase meio milhão de pessoas por ano em
todo o mundo -, Jolie chama ainda a atenção para o facto de os custos
elevados dos testes genéticos deixarem muitas mulheres sem saberem se
vivem, ou não, “sob a sombra do cancro” (nos Estados Unidos custam 3000
dólares, cerca de 2300 euros). “Quero encorajar todas as mulheres,
sobretudo se têm um historial de cancro da mama ou dos ovários na
família, a procurar informação e médicos capazes de as acompanhar neste
momento da sua vida, e a fazer escolhas informadas.”
A actriz
dedicou também algumas linhas a agradecer ao marido o apoio constante e
os momentos em que foram capazes de rir juntos, apesar de tudo:
“Sabíamos que esta era a coisa certa a fazer pela nossa família e que
nos aproximaria ainda mais. E assim foi.” Jolie quis apenas assegurar-se
de que os filhos, que tantas vezes lhe perguntaram se ela também ia
morrer com cancro como a avó, não ficariam desconfortáveis com os
efeitos das cirurgias: “Eles podem ver as pequenas cicatrizes e é só.
Tudo o resto é só a mamã, tal e qual como ela sempre foi. E sabem que os
amo e que tudo farei para estar com eles o máximo de tempo possível.”
Antes de dar a minha opinião sobre o assunto, quero deixar bem claro e assente que posso ser o ser mais ignorante à face da terra, mas esta é, a minha opinião.
Não percebo! Juro que não entendo 1% deste processo! Juro que não entendo o termo
mastectomia preventiva! Não entendo! Não entendo como alguém tira as mamas, ou seja lá o que for, por causa de algo que ainda não existe!!! Não entendo. Por ignorância, admito, mas não entendo!
E não entendo porquê? Simples (no meu ponto de vista ignorante!):
A minha avó paterna morreu de cancro no estômago.
O meu pai, filho dela, também morreu com cancro no estômago.
Se eu posso geneticamente vir a morrer de cancro no estômago? Claro que posso!
Se eu tiraria o meu estômago por prevenção!? CLARO QUE NÃO!!
Ah e tal mas o estômago é um órgão vital!! OK!! Mas quem garante!!??
E eu faço rastreios anuais para andar sempre em cima do acontecimento para, isso sim, no meu entender, PREVENÇÃO e ou ATAQUE enquanto a situação é reversível? SIM!!! Faço!!! Faço endoscopias a cada 12 meses! Se me incomoda? Claro!! É um exame difícil para caraças! Se o tenho que fazer? Claro que sim! Se não quero ser a próxima na derrota do cancro do estômago da família!
E... como a minha ignorância abunda, quem diz à Angelina que ela não vai ter cancro no fígado? No estômago? No pâncreas? No sangue? No cérebro? Na garganta? Em qualquer outro lugar do corpinho danone dela!?!?!? Quem lhe garante!!??
Quando ela morrer, vão escrever na lápide
"Morreu de cancro nos pulmões, mas de cancro da mama é que ela não morreu!"
Pah... sinceramente! E já para não falar noutras questões que não se colocam ao caso da Angelina mas mais ao caso português, visto este tipo de cirurgia se fazer em Portugal à 10 anos:
Quem paga essa cirurgia preventiva? O Sistema Nacional de Saúde?!? Ou seja, cada um de nós!???
Pah... se quem quiser tirar as mamas sem ter cancro, esteja à vontade, tal e qual como as quer encher de silicone, mas acho um abuso ser à conta do SNS!
E colocarem na conversa a opinião dos homens?!? maridos!??!? namorados e afins!?!? Epá... poupem-me!! Se eles apoiam, se gostam de mamas ou sem mamas... opá ri dí cu lo!!!
Aqui à uns anos, saiu publicado na revista VISÃO sobre uma análise ao ADN que nos dá uma probabilidade de sabermos se iremos ter cancro ou não. Claro que eu gostava de fazer essa análise, para saber se tenho probabilidades e em que percentagem, mas com a finalidade de intensificar os meus exames de rastreio e nunca descuidar dessa atenção! Só isso! Parece-me muito mais eficaz do que colocarmo-nos perante um bisturi e os riscos que isso implica
preventivamente.
E se a paciente morrer de outra coisa qualquer durante a cirurgia!? Acho um assunto delicado para muitos, mas ridículo para mim.
NOTA: eu sei um pouco do que falo, vivi 2 anos e meio a entrar e a sair de uma unidade de Oncologia. Não falo assim sem saber de todo o que estou a dizer... Só acho uma falta de sentido, acho que é um processo inverso! Apostar na saúde, na alimentação saudável e na libertação das más energias, no regresso às nossas raízes... aí sim, devia ser o foco preventivo.
Mas isto é a minha opinião... e vocês já sabem que eu sou uma selvagem!